Maratonamos?
Eu maratonei semana passada, mas sigo obcecada pela série!
Dizem por aí que o sucesso de Bridgerton vem da trama (trama = duque de
Hastings), que é sim maravilhosa (que hombre!). Ouvi também que é um clássico
como os da Jane Austen, que eu amo… tem um “quê” dela mesmo: histórias de
época com mulheres fortes.
Mais do que um mistério ala “Gossip Girl” e mais do que uma paixão louca no
estilo “365 dias”, Bridgerton nos transporta para cenários lúdicos. Viajar por
paisagens e castelos lindíssimos em cenas preenchidas por um figurino incrível,
assinado por Ellen Mirojnick, em uma interpretação mais livre daqueles tempos
(1813), já é razão mais do que suficientes para amar a série.
A figurinista optou por deixar a indumentária da época mais luxuosa, suntuosa e moderna, porém mantendo suas bases básicas de silhueta (modelagem). De fato, um romance de época como nunca vimos antes, visualmente falando. Daphne, umas das personagens principais, usa praticamente um look diferente por cena e os 104 vestidos que compõem a personagem são todos um lacre (!!!) sem exceção. Uma loucura!
Foram aproximadamente 7.500 peças produzidas do zero, especialmente pra série. A atenção aos detalhes é extraordinária, flores, laços, joias… tudo confeccionado à mão e os corsets foram feitos pelo famoso Mr. Pearl.
Enquanto a gente se delicia com todos esses encantos, a gente pode pensar em nada, como muitos gostam de dizer sobre assistir romances. Porém, podemos sonhar enquanto refletimos sobre a sociedade da época. Podemos pensar em quantas quebras as estruturas das sociedades antigas já receberam e quantas ainda precisamos quebrar, embaladas em uma trilha sonora arrebatadora. A gente pode também celebrar as pequenas vitórias do papel da mulher no mundo ao longo dos séculos, enquanto admiramos cada detalhe desse figurino hipnotizante.
A gente pode tudo e como diria Lady Whistledown:
“Há duas palavras que sempre virão à mente desta autora na manhã seguinte de
uma boa festa: choque e deleite”.