Já parou pra pensar nisso? Que cada item que a gente usa na hora de se vestir e se mostrar para o mundo, seja o que for e do jeito que for, traz em si uma carga emocional pra nós?
Pois é, esse tema veio à tona pra mim quando comecei a trabalhar com consultoria de estilo e via que na quarta etapa do treinamento, a “Revitalização de Guarda-roupa”, os clientes abriam não só as portas do GR, mas também suas vidas!
É nesse momento em que teoricamente a gente analisa peça por peça e conversa sobre termos técnicos e expectativas, claro que isso é a base dessa etapa e fazemos isso também, mas me vi espantada e maravilhada com o algo à mais que rola nesse encontro.
Enquanto faço a minha parte e uso essa etapa prática que vai muito além de uma “limpeza” pra poder dar uma aula, dentro do universo daquela pessoa, sobre tecido, caimento, modelagem, mensagem de estilo e cor (porque é nesse momento em que consigo fazer com que esses conceitos fiquem mais palpáveis e claros) me vi ouvindo histórias, “causos” e até mesmo confissões dessas pessoas.
Foi aí que consegui entender, com clareza, o quanto as roupas (acessórios e afins) são grandes gatilhos emocionais e nos transportam, para aquele lugar da memória afetiva em nós.
Ouvi desde histórias de amor no seu comecinho, assim como o quanto os fins podem ser um grande despertar da nossa consciência, não só interior, como exterior também. Como a vontade de mudar o visual pode estar muito mais atrelada a necessidade de comunicar amadurecimento e autoconhecimento do que apenas mudanças práticas de vida ou… vaidade.
A roupa vai muito além de um pano que cobre o nosso corpo para que possamos conviver em sociedade. Esses panos vêm com muitas formas, cores e espessuras e a escolha deles, consciente ou não, conta para o mundo exterior do universo incrível e variado de hábitos, desejos, conhecimentos e vivências que existem dentro de nós.
